Qual a melhor técnica para a colocação da prótese?
Qual técnica para a colocação da prótese de silicone dá o melhor resultado? Essa questão sempre surge em consultório e é preciso desmistificá-la. A maioria das pacientes chega com a ideia formada: muitas acham que a prótese colocada sob o músculo é a melhor opção, com resultado mais natural, e, por isso, pedem por essa técnica. Mas a escolha envolve muitos fatores.
O que são as mamas?
Antes de mais nada, é preciso entender a estrutura das mamas. A mama da mulher é composta por várias camadas de tecido, começando pelas camadas da pele, mamilos e aréolas. Logo abaixo estão os lobos (glândulas que produzem leite) e os ductos (tubos que levam o leite dos lobos até os mamilos). E essas estruturas são envoltas em tecido adiposo e tecidos conjuntivos, como a fáscia, que revestem o músculo. Logo abaixo, está o músculo.
Todas as mulheres possuem essa estrutura, mas a espessura de cada uma varia de mulher a mulher. É por isso que os resultados nunca são idênticos, mesmo realizando a mesma técnica. Então, a avaliação deve ser individualizada, levando em consideração não apenas os desejos da paciente, mas as suas características físicas reais.
Subglandular
A prótese é colocada abaixo das glândulas mamárias e acima do músculo, o que permite uma boa integração entre a prótese e a mama. É indicada para mulheres com maior volume nas mamas, com uma boa espessura de pele, glândula e tecido adiposo, para garantir um resultado mais natural. Além disso, é indicado para casos de ptose mamária, isto é, queda dos seios, para renovar sua aparência.
Prós: Por ser menos invasiva, o pós-operatório costuma ser mais rápido e menos doloroso. Há, também, menor risco de deslocamento do implante.
Contras: Em pacientes muito magras ou com a pele fina, pode ocorrer o efeito rippling (enrugamento da pele da mama) e os contornos da prótese podem ficar visíveis.
Submuscular
A prótese é colocada abaixo do músculo. É indicada para pacientes esguias e com pouco tecido mamário. Nesta técnica, o músculo cumpre o papel de cobrir a prótese, não deixando seus contornos visíveis, o que garante um resultado mais natural. Em alguns casos, a prótese pode ser recoberta parcialmente pelo músculo e parcialmente pelas glândulas, motivo pelo qual a técnica também é conhecida como mista ou dual-plane.
Prós: Resultados bastante naturais nas pacientes com o perfil adequado para a técnica.
Contras: Por ser um procedimento mais invasivo, o pós-operatório é mais longo e pode ser mais doloroso. E há maior risco de deslocamento da prótese quando há muita movimentação do corpo, como é o caso de atletas.
Qual o melhor procedimento?
Como já apontado, não há uma técnica que seja melhor. Cada caso deve ser analisado individualmente. Os melhores resultados são obtidos considerando as particularidades do corpo de cada mulher.
Nenhuma das informações contidas aqui substitui a consulta com um médico especializado.
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DRA. TANIA SCHMIDT
Cirurgiã Plástica – CRM 23852
Graduada em Medicina pela Pontífica Universidade Católica do Paraná – PUCPR de Curitiba – PR.
1ª Colocada no concurso para obtenção do Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, vencedora do prêmio Farid Hakme – Silimed (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Comissão de Concursos e Concessão de Prêmios, 2013).
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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